Hoje deu-me para isto.

Há dias que me perco literalmente em pensamentos, faço mil e uma reflexões sobre tudo, e quase que faço uma mini lista na minha cabeça dos erros que cometi e das aprendizagens que vieram com eles. São dias em que me desligo do mundo. 

Acredito que todos devemos ter os nossos sonhos, mas também aprendi até onde ir por eles. Quando trabalhamos por gosto é-nos difícil impor limites, mas a verdade é que se não me sentir bem comigo mesma, nada mais resulta. 

Quando damos por nós e já só vivemos a correr sem darmos prioridade a mais nada a não ser ao nosso sonho e pensamos que estamos a fazer o certo, esquece-mo-nos de nós e do outro lado de vida que também é tão importante para a nossa felicidade. Mais uma vez tudo se resume a um equilíbrio que para uns é óbvio e que para mim ainda está a ser construído e que acredito não ser a única! E claro que são sempre os mais próximos que levam com a nossa impaciência e mau humor de cansaço, o J. que o diga, o meu apoio incondicional.

Todas estas etapas foram cruciais para me fazerem crescer, mudar as minhas perspectivas, definir as coisas por uma ordem certa e a aceitar o meu timing próprio. Ter um trabalho a tempo inteiro já nos tira uma grande parte do dia, e aquele pedacinho que nos sobra deve ser gerido diariamente com consciência e não acharmos que somos o máximo e que fazemos 30 mil coisas. O máximo até somos, mas também precisamos cuidar de nós :)

Tudo isto porque me apercebi das saudades que tinha de arrumar o pc e passar momentos descontraídos com os meus amigos sem olhar para o relógio.

E quando nos sentimos plenamente felizes tudo o que fazemos rende muito mais, podemos não fazer as 30 mil coisas, mas fazemos as 15 mil e sabemos que demos o nosso melhor.

Lutem pelos vossos sonhos, mas lembrem-se que também precisam mimar-se.

Much love,

Sílvia.